Frenologia De Franz Gall – Temas Da Psicologia 08

Pelo final do século XVIII, era amplamente difundido o entendimento de que a personalidade de uma pessoa poderia ser percebida pela análise de suas características faciais, de sua estrutura corporal, da sua postura, e dos seus movimentos. Esse tipo de análise recebeu o nome de Fisionomia, e uma das versões de fisionomia que se tornaram mais populares foi justamente a frenologia.

Franz Joseph Gall foi um médico e anatomista alemão, nascido em 1758 e falecido em 1828. Gall é considerado o pai da Frenologia. Na visão dele, nós temos faculdades mentais, ou seja, capacidades mentais. Quando nossos órgãos dos sentidos recebem um estímulo, as nossas faculdades mentais atuam sobre os estímulos recebidos e os modificam, transformando essas informações sensoriais em conhecimento a respeito do mundo. Essas ideias eram defendidas por muitos filósofos na época de Gall, mas ele sustentava três afirmações que marcaram a história da psicologia:

Primeiro, Gall afirma que as faculdades mentais não existem na mesma extensão em todas as pessoas. Quer dizer, certas pessoas são mais bem dotadas em algumas capacidades mentais do que outras.

Segundo, as capacidades mentais estão alojadas em áreas específicas do cérebro.

Terceiro, se uma faculdade mental está bem desenvolvida, a pessoa teria um inchaço, uma elevação na parte correspondente do crânio. Da mesma forma, se uma capacidade mental é subdesenvolvida, a pessoa teria um afundamento, uma depressão na área correspondente do crânio.

Logo, Gall considerava que a magnitude, a força das capacidades mentais de uma pessoa poderia ser determinada ao se analisar as elevações e as depressões de seu crânio. Esse tipo de análise ficou conhecida como frenologia. Bom, a ideia de Gall não era completamente ruim. Na verdade, ele foi um dos primeiros estudiosos a tentar relacionar certos traços de personalidade e certos padrões de comportamento a áreas específicas do cérebro.

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Obra sugerida:

“An Introduction to the History of Psychology”, 7 ed., de B. R. Hergenhahn e Tracy B. Henley.

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